A pesca – como esporte, profissão ou lazer – está se tornando cada dia mais difícil nos rios de nossa região. Não tem Peixe! Apenas os Curimbatás são encontrados com certa abundância.
O turismo de pesca vem sendo importante no cenário do turismo nacional, pois além de movimentar a economia, tem trazido benefícios como o estímulo à pesca esportiva (pesque e solte) e a conscientização dos pescadores quanto à preservação do meio ambiente.
O Rio Sorocaba é considerado o maior e principal afluente da margem esquerda do rio Tietê, possui 180 km de extensão em linha reta e 227 km, considerando seu leito em seu trajeto natural. É margeado pelos seguintes municípios: Ibiúna, Votorantim, Sorocaba, Iperó, Boituva, Tatuí, Cerquilho, Jumirim e Laranjal Paulista.
Sua recuperação depende de ações conjuntas e coordenadas pelos municípios e também pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tietê, criado de acordo com a Lei nº 7.663 de 30 de dezembro de 1991.
Investimentos
Ao longo do tempo foram realizados vários investimentos e programas de recuperação da mata ciliar, tratamento de esgotos, entre outros e foi possível constatar melhorias principalmente no aspecto da poluição ocasionada por lançamentos de resíduos sem tratamento, no entanto problemas ainda persistem ocasionando o desequilíbrio do meio ambiente e o surgimento de várias espécies de plantas aquáticas que ao que tudo indica, tem provocado a mortandade das poucas espécies de peixes que sobreviveram. Há pouco tempo noticiamos a mortandade de toneladas de peixes e pouco se sabe das medidas adotadas para evitar estes verdadeiros desastres ambientais. Especialista ouvido pela reportagem disse: "O grande volume de plantas aquáticas e o pouco volume de água pode ser uma das causas da mortandade de peixes, é urgente o estudo por órgão ambientais. Só assim teremos respostas adequadas".
Repovoamento com espécies nativas
Estudos revelaram a presença de 53 espécies nativas no Rio Sorocaba; a grande maioria foi dizimada, apenas os Curimbatás são encontrados em abundância. As poucas ações para repovoamento foram realizadas na década de 1990, gestão de 93/96 pelos Municípios de Boituva e Cerquilho com a soltura de espécies nativas como Pacu, Piraputanga, Pintado, Piau, Dourado entre outras.
Segundo o ex-prefeito de Cerquilho, Otavio Pilon, o município de Cerquilho manteve ações nas gestões de 2001/2004 e 2009/2013. Ainda com recursos e iniciativa própria Otávio Pilon promoveu a soltura de alevinos de Pacu e Piau em outubro de 2021, e novamente em 31 de janeiro de 2022 fez a soltura de alevinos de Pintado e Dourado.
Ações conjuntas dos municípios banhados pelo Sorocaba e pelo próprio Comitê da Bacia são imprescindíveis, para a obtenção de resultados como as alcançadas no Rio Piracicaba.
Recuperação de ecossistemas
A recuperação do Rio Piracicaba tornou-se referência quando o assunto é recuperação de ecossistemas. Investimentos, unidos à participação da sociedade promoveram a melhoria da qualidade da água e a volta de inúmeras espécies de peixes praticamente extintas.
Atualmente é muito comum assistirmos vídeos da abundância de peixes no rio Piracicaba e até pescaria no trecho urbano da cidade como na reportagem levado ao ar pela Fish TV.
Exemplo de recuperação do rio Piracicaba - Mídias Sociais
Em Boituva
Está em formação um grupo de pescadores e não pescadores "Vamos pescar no Sorocaba". O grupo tem como objetivo unir as pessoas que querem um rio preservado e repovoado com suas espécies nativas como Pintados, Dourados, Piaus, Piaparas, Piraputanga, Pacus, entre outros, e ainda poderão se reunir para deliberar e formalizar propostas que podem ser levadas adiante pelo poder público.
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