Iniciativas na Amazônia apostam na união de experiências e gastrônoma para atrair investimentos e fortalecer a sustentabilidade.
Em Belém, Pará, diferentes setores do turismo se uniram para desenvolver roteiros que respeitam a agenda climática, alinhando experiências de imersão na Amazônia, gastronomia regional e a valorização de sistemas produtivos sustentáveis. Essas iniciativas visam aproveitar os benefícios do turismo sustentável, como atração de investimentos e aumento da competitividade, enquanto enfrentam o desafio de articular os diversos atores envolvidos.
Parys Fonseca, empreendedor do setor de hospedagem, idealizou um modelo que combina imersão na floresta e hospedagem sustentável. Apoiado pelo Sebrae do Pará, ele implementou uma estrutura modular reciclável que minimiza o impacto ambiental e estabiliza a temperatura sem refrigeração artificial. Localizado na Ilha do Murucutu, o projeto oferece aos visitantes experiências gastronômicas utilizando produtos regionais de cadeias produtivas sustentáveis, com planos futuros para desenvolver rotas turísticas focadas na cadeia do palmito do açaí.
Segundo Rubens Magno, superintendente do Sebrae no Pará, a escolha de Belém como sede da COP30 em 2025 antecipou a integração das agendas de sustentabilidade e turismo. O evento evidenciou a importância da Amazônia e incentivou práticas de turismo mais responsáveis, refletidas no Plano Nacional de Turismo 2024-2027. Este plano estabelece diretrizes que visam posicionar o Brasil como líder em turismo sustentável na América do Sul, aumentando o número de municípios turísticos e a receita proveniente do turismo internacional.
Com a expectativa de elevar de 312 para 400 o número de municípios turísticos até 2027, a estratégia busca incrementar também os postos de trabalho no setor. O ministro do Turismo, Celso Sabino, destacou que esse esforço é crucial para promover um turismo de baixo impacto ambiental e com responsabilidade social.
Foto: Parys Fonseca / Divulgação
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