Gestão de João Doria estuda limitar horário de funcionamento dos serviços essenciais
O governo de São Paulo deve anunciar nesta quarta-feira (10) novas medidas de restrição e limitar o horário de funcionamento dos serviços essenciais autorizados a funcionar durante a fase vermelha da quarentena.
![](https://static.wixstatic.com/media/9778c6_518829c305554c1cabdc0128260287ae~mv2.png/v1/fill/w_980,h_647,al_c,q_90,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/9778c6_518829c305554c1cabdc0128260287ae~mv2.png)
A gestão estadual também estuda suspender as atividades presenciais nas escolas e manter as unidades abertas apenas para fornecimento de merenda.
Desde o último sábado (6), todo o estado está na fase vermelha, considerada até então a mais restritiva pelo Plano SP.
Na semana passada, o governo também antecipou para as 20h o início do chamado "toque de restrição". Anunciada no final de fevereiro para todo o estado, a medida entrou em vigor inicialmente das 23h às 5h, com o objetivo de coibir aglomerações e festas noturnas.
Colapso no sistema
Nesta terça-feira (9) a média diária de mortes por Covid-19 no estado foi de 298 óbitos, recorde pelo segundo dia seguido.
A taxa de ocupação de UTIs, com 82%, também foi a maior de toda a pandemia, bem como o total de pacientes internados em leitos intensivos e de enfermaria, que chegou a 20,3 mil pessoas.
Além disso, 13 cidades da Grande São Paulo já têm 100% dos leitos de UTI ocupados com pacientes que estão com coronavírus.
A situação mais grave é a de Taboão da Serra, onde 11 pessoas morreram desde sexta-feira (5) à espera de vagas.
A lotação também abala a rede particular da capital paulista. Nesta terça, o hospital Sírio-Libanês divulgou medidas para ampliar a acomodação de pacientes com Covid-19, dada a elevada taxa de ocupação de leitos.
Foram suspensas cirurgias eletivas estéticas e funcionais e de intervenção guiada por imagem, além de exames também eletivos de colonoscopia, endoscopia, broncoscopia e exames ambulatoriais de polissonografia.
Na rede pública da capital, a prefeitura quer transferir pacientes sem Covid da rede municipal para hospitais particulares e liberar leitos para a doença no SUS.
O que pode funcionar na fase vermelha:
Escolas e universidades
Hospitais, clínicas, farmácias, dentistas e estabelecimentos de saúde animal (veterinários)
Supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres
Delivery e drive-thru para bares, lanchonetes e restaurantes: permitido serviços de entrega
Cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção
Empresas de locação de veículos, oficinas de veículos, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos
Serviços de segurança pública e privada
Construção civil e indústria
Meios de comunicação, empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens
Outros serviços: igrejas e estabelecimentos religiosos, lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica e bancas de jornais.
foto: Mister Shadow/Asi/Estadão Conteúdo
fonte: G1
Comentários