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Rio Sorocaba é tomado por plantas aquáticas

O Rio Sorocaba é considerado o maior e principal afluente da margem esquerda do rio Tietê, possui 180 km de extensão em linha reta e 227 km, considerando seu leito em seu trajeto natural. Sua vazão regulada é de 13 m³/s. É margeado pelos seguintes municípios: Ibiúna, Votorantim, Sorocaba, Iperó, Boituva, Tatuí, Cerquilho, Jumirim e Laranjal Paulista

Até a década de 80 o Rio apresentava enorme índice de poluição, desde então tem havido um maior desempenho dos municípios da sua bacia hidrográfica no tocante à preservação de mananciais, recomposição da mata ciliar, leis ambientais entre outras. As melhorias são perceptíveis quando se observa o trecho que cruza a área urbana de Sorocaba, ao mesmo tempo podemos afirmar que mais investimentos são necessários, basta percorrer alguns trechos do rio para constatar a existência de um crescimento desordenado de plantas aquáticas.



Apesar de beneficiar o ambiente como um filtro natural e proporcionarem sombra, abrigo e alimento para moluscos, larvas, répteis, alevinos, anfíbios e insetos, entre outros seres vivos, as plantas aquáticas também podem ser prejudiciais a eles, pois absorvem os nutrientes disponíveis na água. Além disso, no mesmo processo em que liberam oxigênio e retiram o gás carbônico da água, ao fazerem a fotossíntese durante o dia, as plantas aquáticas ao respirarem em excesso passam a disputar oxigênio com os peixes. Segundo biólogos o aumento é resultado do acúmulo de poluentes, fertilizantes, agrotóxicos e esgoto doméstico e esclarecem que quando o ambiente está equilibrado, as plantas ocorrem em menor proporção e não causam problemas ao ecossistema.


Plantas Aquáticas


As plantas aquáticas e as algas se dividem em dois grandes grupos: as macrofitas e as algas unicelulares ou cianofíceas ou algas verdes. Podem também ser classificadas em:

  • Anfíbias – plantas que podem viver tanto em áreas alagadas como fora da água;

  • Emergentes – enraizadas no sedimento, porém com folhas para fora da água. Exemplos: Pontederia, Typha, etc.;

  • Flutuantes fixas – enraizadas no fundo, porém com caules e folhas flutuantes. Exemplos: Nymphoides, Nymphea, etc.;

  • Flutuantes livres – não enraizadas, flutuando livremente. Exemplos: Salvinia, Eichhornia, Pistia, etc.;

  • Submersas fixas – enraizadas no sedimento, crescendo totalmente debaixo d’água. Exemplos: Vallisneria, Egeria, Mayaca, etc.;

  • Submersas livres – não enraizadas, totalmente submersas, Exemplos: Ceratophyllum, Utricularia, etc.;

  • Epífitas – instalam-se sobre outras plantas aquáticas

Nosso colaborador Sergio Nunes é um assíduo frequentador do Rio Sorocaba e relata: “É uma pena a falta de investimento público, as plantas aquáticas em alguns trechos já cobriram cem por cento da lâmina d’água impedindo a navegação, havendo ainda a ocorrência de mortandade de peixes que quase sempre fica sem explicações satisfatórias”.


O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tietê (CBH-SMT), CETESB, Sabesp, Órgãos Ambientais, Prefeitos, Vereadores e Poder Judiciário precisam ser acionados com urgência para providências, novas catástrofes já estão anunciadas.



Da Redação


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