Fascite Plantar – O que é, quadro clínico e tratamento
- contatoportaljt
- 10 de mar. de 2021
- 3 min de leitura

A síndrome dolorosa subcalcânea, mais conhecida como fascite plantar constitui um problema ortopédico bastante comum e afeta principalmente pessoas entre 40 e 70 anos. A fascite plantar acomete também atletas, especialmente corredores. A causa exata dessa síndrome é desconhecida.
Alguns fatores que aumentam as chances de haver tensão ou uso excessivo do tecido plantar do pé.
Exercícios físicos que colocam estresse excessivo sobre o calcanhar e a fáscia plantar, como corrida de longa distância, ballet e outros tipos de dança, pés com anormalidades. Pé chato, pé cavo ou qualquer outro problema nos pés. Obesidade, fazem parte do grupo de fatores.
Algumas profissões que exigem muito dos pés dos funcionários, a exemplo de operários, professores, atendentes e outras que passam a maior parte da jornada de trabalho em pé ou caminhando. também fazem parte do grupo de fatores.
Diversas teorias
Estima-se que uma de cada 10 pessoas experimentem dor na região subcalcânea ao longo da vida. A peculiar anatomia da fáscia plantar lhe confere pouca elasticidade. Existem diversas teorias para explicar o surgimento da dor subcalcanea sendo mais popularmente associada ao esporão do calcâneo. Entretanto, essa associação nunca foi firmemente estabelecida. Ele está presente em aproximadamente 50% dos pacientes com síndrome dolorosa subcalcânea mas somente 5,2% dos pacientes com esporão do calcâneo referem sintomas relacionados com dor no calcanhar.
Apesar de esse estar presente em alguns pacientes portadores de dor crônica no calcanhar, ele não é considerado como agente causador da síndrome dolorosa. Provavelmente, o esporão de calcâneo é consequência da inflamação crônica provocada por tração traumática repetitiva na origem da fáscia plantar e do músculo presente na região.
Quadro clínico

O paciente normalmente se queixa de dor, de início lento, na face interna do calcanhar. Em raras ocasiões pode ocorrer dor intensa, com início abrupto, causada por avulsão traumática da fáscia plantar. A dor é pior logo de manhã, ao apoiar o pé no solo pela primeira vez, e torna-se menos intensa após iniciar os primeiros passos. No fim do dia a dor torna-se mais intensa e é aliviada pelo repouso do pé. Quando a dor torna-se mais intensa, o paciente não é capaz de apoiar o peso do corpo nos calcanhares. Edema leve e vermelhidão eventualmente estão presentes. Os sintomas podem persistir durante poucas semanas ou mesmo até alguns anos.
Diagnóstico
Num primeiro momento, o diagnóstico de fascite plantar é clínico e leva em conta as particularidades dos sintomas e os fatores de risco. Exames de raio X e ultrassom podem ser úteis para estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças.
Tratamento
O objetivo do tratamento da fascite plantar consiste em reduzir a inflamação, aliviar a dor e habilitar o paciente para assumir suas atividades rotineiras.
Grande parte dos portadores de fascite plantar se beneficia com o tratamento conservador, que inclui repouso, aplicação de gelo no local e sessões de fisioterapia para promover o alongamento de estruturas, como a própria fáscia plantar, o tendão de Aquiles e os músculos da panturrilha.
O uso de palmilhas ortopédicas visando à melhor distribuição do peso corpó-reo sobre os pés e de órteses noturnas para evitar o encurtamento do arco e manter a fáscia plantar alongada durante a noite são recursos não farmacológicos que podem ser benéficos.
Tratamento cirúrgico
As considerações para a indicação do tratamento cirúrgico devem ser feitas somente quando persistirem os sintomas que interferem na vida diária ou atividade atlética desejada, sem melhoria significativa, após pelo menos seis meses de uso das várias modalidades de tratamento conservador supervisionadas diretamente pelo médico. O paciente deve ser informado de que, mesmo após a cirurgia, existe a possibilidade de não ocorrer melhoria dos sintomas.
Dr. Vitor Genaro Nunes de Souza
Ortopedia e Traumatologia - Cirurgia do Joelho
CRM 145.763 - TEOT 14.954
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
Atendimento: Clínica Santa Maria
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