Fim do programa de checagem de fatos gera preocupações sobre fake news e discurso de ódio; governo brasileiro se mobiliza para reagir.
Na noite de segunda-feira (13), a Meta, empresa responsável pelas redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp, respondeu à Advocacia-Geral da União (AGU) sobre suas recentes mudanças nas políticas de moderação de conteúdo. A principal alteração é o fim do programa de checagem de fatos, que verificava a veracidade das informações nas plataformas.
Em resposta, a AGU convocou uma reunião técnica para esta terça-feira (14), com a participação de representantes de ministérios como Direitos Humanos e Justiça, para discutir as implicações das novas diretrizes. As mudanças da Meta estão alinhadas à agenda do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que defende a desregulamentação do ambiente digital e o fim das políticas de checagem.
Com a nova abordagem, a empresa introduziu “notas da comunidade”, permitindo que apenas usuários cadastrados contestem informações. Especialistas em direito e ambiente digital alertam para o aumento da circulação de fake news e o incentivo ao discurso de ódio contra minorias. A Coalizão Direitos na Rede, composta por mais de 50 entidades, criticou a Meta por priorizar interesses corporativos em detrimento da segurança da população.
Foto: Wesley McAllister / ASCOMAGU
Fonte: EBC
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